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terça-feira, 30 de agosto de 2011

ULTRASSOM DE TÓRAX À BEIRA DO LEITO PODE IDENTIFICAR ALTERAÇÕES PULMONARES TANTO QUANTO RAIO-X EM PACIENTES CRÍTICOS EM VENTILAÇÃO MECÂNICA

        

      A avaliação de um pequeno número de pacientes em VM comparou a acurácia do ultrassom de tórax à beira do leito com radiografias realizadas com aparelho portátil na identificação de 4 tipos de alterações torácicas: consolidação pulmonar (consolidações alveolares, atelectasias e bandas parenquimatosas) alterações intersticiais (opacidades em "vidro-fosco", espessamento instersticial e fibrose), pneumotórax e derrames pleurais. Os achados de ambas as técnicas foram comparados com as imagens de tomografias de tórax dos mesmos pacientes, assumidas como referência dos achados.

       Surpreendentemente, o ultrassom superou o RX na acurácia de identificar essas alterações nessa população de pacientes.



SENSIBILIDADE (%)
ESPECIFICIDADE (%)
ACURÁRIA (%)
RAIO-X



Consolidações
38
89
49
Intersticial
46
80
48
Pneumotórax
0
89
99
Derrame Pleural
65
81
69

ULTRASSOM



Consolidações
100
78
95
Intersticial
94
93
94
Pneumotórax
75
93
92
Derrame Pleural
100
100
100


      O RX é rotina no controle diário das alterações pulmonares dos doentes críticos. Mesmo com o devido primor de técnica, até 30% deles são considerados tecnicamente inadequados nesse contexto. Muitas vezes, pela instabilidade e a dificuldade de transporte do paciente até a sala de tomografia, o exame gold-standard não pode ser realizado.

     O ultrassom à beira de leito e realizado por médicos não-radiologistas vem sendo cada vez mais presente na rotina das emergências, do FAST à orientação para punções vasculares de acessos centrais. Esse ano, paralelo ao III Congresso Brasileiro de Medicina de Emegência, será realizado o I Congresso Brasileiro de Ultrassom na Emergência, mostrando sua crescente importância.

http://www.springerlink.com/content/m02w75gn1t345tnx/

http://www.abramede.com.br/tag/congresso/

QUASE METADE DOS PACIENTES QUE SE APRESENTAM NO PRONTO ATENDIMENTO E USAM VARFARINA TÊM RNI FORA DO ALVO

      


        Em estudo do Annals of Emergency Medicine, evidenciou-se que 49% dos paciente em anticoagulação com varfarina estão fora do alvo: 9% com RNI acima do alvo e 40% com dose sub-terapêutica.
        Destes com dose inadequada de varfarina para condição clínica subjacente, 21% receberam intervenções na terapêutica anticoagulante, mesmo que tenham procurado o serviço por outras queixas. Dentre as medidas, inclui-se administração de vitamina K, infusão de plasma, internação, suspensão temporária ou mudança da dose da varfarina e uso de heparina de baixo peso molecular para garantir anticoagulação efetiva.
       Durante o atendimento ou na alta, 30% dos pacientes que faziam uso de varfarina receberam medicações que interagem com a droga, sejam aumentando ou diminuindo seu efeito.
     
       Mais um estudo mostrando a dificuldade de se lidar com o efeito pleno da varfarina em pacientes que precisam ser anticoagulados. E mais uma lacuna evidente a ser ocupada pelos novos anticoagulantes. Seria o fim da varfarina?



terça-feira, 9 de agosto de 2011

SÍNDROME RELACIONADA À INFUSÃO DE PROPOFOL


      Situação incomum (<1%), porém com alta mortalidade (>60%) e muitas vezes desconhecida é a SÍNDROME RELACIONADA À INFUSÃO DE PROPOFOL.  Relacionada tanto com a dose (>4 mg/kg/hora) quanto com o tempo (>48h) de infusão, a síndrome deve ser lembrada quando do uso do anestésico, principalemente em pacientes críticos, fator de risco para seu surgimento. Outros fatores de risco incluem sepse e hipóxia.
       A síndrome, de mecanismo ainda não elucidado, cursa com disritmias (bradi ou taquicardia), choque cardiogênico, hipercalemia, auemnto de triglicerídeos séricos, acidose metabólica e rabdomiólise, que pode levar a insuficiência renal aguda.
       Portanto, em pacientes com uso de drogas vasoativas ou inotrópicos, ou que necessitem de altas doses ou sedação por longos períodos, principalmente no ambiente de terapia intensiva, deve-se escolher outra droga para sedação.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A VIDA DENTRO DA CÉLULA



         Vídeo fantástico mostrando a vida dentro de uma célula... a trilha sonora ajuda...

NOVOS ANTICOAGULANTES

        

        Recentemente, novos anticoagulantes têm sido estudados e aprovados para uso em diversas situações clínicas, em contra-ponto aos clássicos varfarina e femprocumona, e até opção oral aos injetáveis enoxaparina e heparina não-fracionada. Constantes pesquisas na área demonstram a dificuldade de uso, manejo e insatisfação terapêutica plena com os anticoagulantes atuais. Seguem dois dos recentemente aprovados pelo FDA:


- DABIGATRAN: inibidor direto da trombina
                             aprovado pelo FDA pra prevenção de AVE em paciente com FA
                             uso oral, 2x/dia


- RIVAROXABAN: inibidor do fator Xa
                                aprovado pelo FDA para prevenção de trombose venosa profunda em pós-operatório de prótese de joelho e quadril.
                                uso oral, 1x/dia --> joelho: 12 dias
                                                        --> quadril: 35 dias


       Ambas medicações já são comercializadas no Brasil.